Pouco importa a natureza dos pensamentos. A obsessão por comer, por limpar, por cumprir determinados actos de higiene, repetir certos movimentos... Tantos poderia mencionar. São inumeráveis. Mas o processo de reconhecimento de que temos um problema é que precisamos de ajuda é o mesmo.
M., 22 anos, estudante universitária. Vem à consulta por iniciativa própria pois depara se há alguns anos com uma situação do âmbito deste texto. Sempre que tem de sair de casa e já está pronta pensa repetidamente em todo um conjunto de rituais que sente que tem de cumprir para que tudo corra bem durante o seu dia. Se não fechar todas as janelas, persianas (com um certo número de frinchas visíveis), a cama feita, a roupa arrumada, os produtos do frigorífico devidamente organizados dentro deste, a loica lavada e já arrumada nos armários devidos, M. acredita que o dia vai 'ser cinzento'. 'A verdade é que corre mesmo mal. Já testei. Não consigo.', desabafa. Agora que vive sozinha (na cidade onde estuda) a vida 'complicou-se'. 'Ou levanto-me ainda mais cedo do que necessário ou chego atrasada. Não maioria das vezes acabo mesmo por faltar às aulas ou a outros compromissos.' Efectivamente M. chegou 20 minutos atrasada à consulta. Tinha vindo de casa e não conseguiu sair sem cumprir com o que teimava em não sair da cabeça. Arrumou a 'cabeça' determinada a mudar a forma de pensar e agir. A esforçar-se diariamente para não ser 'escrava de si mesma' e viver de forma mais tranquila.
É por aí? Preparado para o caminho? Preparado para 'viver com sentidos'?
Por aqui, preparados para acolher a vossa história e acompanhar a vossa melhoria!
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