segunda-feira, 7 de maio de 2018

Alienação Parental - do que se fala...





'Acabou, desisto do meu filho.'
Chocou? Provocou algum tipo de emoção? Qual? E se eu disser que tal afirmação vem de uma mãe desesperada, mãe de um rapazito de 11 anos? Uma mãe que há cerca de três anos se divorciou do pai do mesmo rapaz. Rapaz este que passou a viver ora na casa da mãe ora na casa do pai. Mas que há cerca de ano e meio às idas para a casa da mãe são cada vez mais raras. O que começou por ser um consecutivo interrogatório, passou a acusações e agressões verbais e psicológicas. 'Porque é que te separaste do pai?', 'Deixa-o voltar.', 'Esta casa é dele!', 'Estragaste a nossa família. Odeio-te', 'És a pior mãe do mundo', 'So queres o dinheiro do pai. Ele já me dá o que preciso.'. Isto juntamente com telefonemas de última hora a adiar a 'entrega' da criança para o dia seguinte, 'lapsos' na transmissão de informação sobre acontecimentos escolares e até médicos e a não participação no pagamento do valor mensal acordado em tribunal (que a criança julga ser 'mentiras e esquemas' da mãe porque 'perante o filho o pai é exemplar') afasta e debilita o laco afetivo entre mãe e filho. Principalmente debilita o filho e a mãe enquanto pessoas. Torna-se não saudáveis. Emocional e psicologicamente. Tal como o é e/ou está o pai que usa aquele filho para projetar a sua dor, revolta e frustração na mulher que teve como esposa.
Está pode muito bem ser a história de muitos pais e filhos, avós, pais e netos, noras/genros e sogros... Por amor deixa se de amar e passa se a usar os entes mais queridos como 'armas para atingir outros'. Mudar a direção dos atos é preciso!

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