quinta-feira, 8 de março de 2018

Violência no (des)Amor


Debater a violencia no namoro ou na relação conjugal já é um ‘habitué’ mas continua a ser a realidade de muitos casais. Homo ou heterossexuais. Unidos civilmente ou não. Com ou sem filhos. No início ou já com muitos anos de relacionamento. No silêncio das quatro paredes de suas casas, ou não!
Em consulta, uma mulher diz-me: ‘Chegamos a um ponto sem possibilidade de retorno.Ele grita, eu grito, ele grita mais alto ainda; ele levanta a mão e... o outro dia, sem pensar peguei numa jarra e lá foi ela pelo ar! Bateu-lhe de raspão!Já nem sei como isto começou.’
Quem é a vitima? E o agressor? Quem está aqui a confessar-se? É um pedido de ajuda de quem? Quem precisa de ajuda?
É alguém que toma consciência de que vive num relacionamento que (já) não é saudável. Fá-la sentir-se ‘angustiada, frustrada’. Não só quando é magoada mas também quando magoa. Fisica e psicologicamente. E mudar é urgente. Reajustar crenças e ideias estereotipadas. Alterar comportamentos que podem ou não alterar a acção do outro. Talvez mudar de contextos e ambiente. Para querer e decidir mudar é necessário compreender a situação. A sua origem, o seu estado, as suas consequências. Aceitar o curso do processo de resolução do conflito. Agir para reestabelecer a sua saúde mental e bem estar físico.

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