Deparei me com uma mãe 'desesperada', crente que alguém 'ou quem sabe, o tempo' seja capaz de mudar o filho. Chorou todo o tempo em que conversamos. Confessou estar com medo. Medo da reação dos outros. Da família, dos amigos, dos conhecidos. Medo da atitude do pai que optou por ignorar o assunto, fingindo ''ao ter havido o assunto'. Confessou se triste. Triste porque idealizou e tem como expetativas um percurso para S. que parece nao vir a corresponder à realidade. Triste porque apesar de tão tenra idade, há algo no desenvolvimento e vida de S. que a mãe sente não ser do seu controlo. Confessou se culpada. Culpada porque 'se calhar tem a ver com a forma como o eduquei e educo.' Culpada porque 'no fundo sempre houve algo de diferente ao longo do crescimento dele' mas não quis perceber, não percebeu ou nem era mesmo nada. 'E agora?' perguntou. Agora? O que é importante? O que é importante para os pais quando se tem como filho uma criança de 9 anos de idade? Estar, educar, preservar a sua saúde física e psicológica, cuidar, apoiar, orientar, amar... E fazê-lo no decorrer do curso natural das vidas sabendo que os filhos não serão exatamente o que ambicionamos, nao percorrerão sempre os caminhos que projetamos e vão muitas vezes fazer nos confrontar com ideias pré concebidas, crencas e medos. Ser pai/mãe pode ser visto como uma oportunidade de reflexão continua e de reajuste do nosso 'eu' enquanto pessoa. Como alguém disse filho 'é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo'.
'O meu filho é gay. E agora?' - intimidades, sexualidades e afins
Deparei me com uma mãe 'desesperada', crente que alguém 'ou quem sabe, o tempo' seja capaz de mudar o filho. Chorou todo o tempo em que conversamos. Confessou estar com medo. Medo da reação dos outros. Da família, dos amigos, dos conhecidos. Medo da atitude do pai que optou por ignorar o assunto, fingindo ''ao ter havido o assunto'. Confessou se triste. Triste porque idealizou e tem como expetativas um percurso para S. que parece nao vir a corresponder à realidade. Triste porque apesar de tão tenra idade, há algo no desenvolvimento e vida de S. que a mãe sente não ser do seu controlo. Confessou se culpada. Culpada porque 'se calhar tem a ver com a forma como o eduquei e educo.' Culpada porque 'no fundo sempre houve algo de diferente ao longo do crescimento dele' mas não quis perceber, não percebeu ou nem era mesmo nada. 'E agora?' perguntou. Agora? O que é importante? O que é importante para os pais quando se tem como filho uma criança de 9 anos de idade? Estar, educar, preservar a sua saúde física e psicológica, cuidar, apoiar, orientar, amar... E fazê-lo no decorrer do curso natural das vidas sabendo que os filhos não serão exatamente o que ambicionamos, nao percorrerão sempre os caminhos que projetamos e vão muitas vezes fazer nos confrontar com ideias pré concebidas, crencas e medos. Ser pai/mãe pode ser visto como uma oportunidade de reflexão continua e de reajuste do nosso 'eu' enquanto pessoa. Como alguém disse filho 'é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo'.
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